Cena da Festa do Avante organizada pelo Partido Comunista Português. Foto: PCP
A 47ª edição da Festa do Avante, organizada pelo Partido Comunista de Portugal (PCP) e pela sua ala jovem, terminou domingo, 3 de setembro, na Atalaia, Seixal, com uma manifestação massiva de militantes comunistas, outras secções da classe trabalhadora portuguesa, delegados internacionais de partidos políticos progressistas, grupos de jovens e sindicatos. O tema central do festival de 3 dias deste ano, que começou no dia 1 de setembro, foi o 50º aniversário da Revolução de Abril ou da Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974, que derrubou o regime autoritário do Estado Novo.
Ao discursar num comício no domingo, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, denunciou a contradição entre a realidade da vida dura dos trabalhadores e a propaganda dos ricos. “Quando a grande maioria for alvo da injustiça e da desigualdade e quando os trabalhadores e o povo tomarem consciência da força que têm, da força da sua luta e da força da sua unidade, então isso vai realmente mudar”, acrescentou Paulo Raimundo .
Segundo relatos, o 47º Festival do Avante contou com mais de 70 debates sobre diversas questões enfrentadas pela classe trabalhadora, pela juventude e pelas mulheres, bem como sobre fascismo, imperialismo, solidariedade internacional, paz, saúde pública, agricultura, crise habitacional e a crise climática. Também aconteceram vários concertos musicais, exibições de filmes, exposições, eventos literários, festivais gastronômicos e eventos esportivos. Membros do PCP e da Juventude Comunista Portuguesa (JCP) voluntariaram-se activamente durante três dias para o bom desenrolar do festival.
Desde 1976, o PCP organiza a Festa do Avante que leva o nome da publicação do partido Avante, publicada pela primeira vez em 1931.