Saint Denis – Tiremos o chapéu, Fernando Santoso capitão Cristiano Ronaldo, o autor do único golo da noite passada, Eder, e outros jogadores portugueses em campo e bancadas do maior estádio de França! A seleção ibérica venceu o seu primeiro grande torneio com uma tática bem pensada e uma abordagem inflexível até aos 123 minutos de jogo. A Grande França estava de joelhos.
Os franceses já tinham preparado um plano para comemorar os possíveis louros, hoje a partir das 16 horas receberiam os parisienses num autocarro de dois andares, que – independentemente da derrota da noite anterior – os receberá algumas horas antes nos Campos Elísios. Assim, a comemoração coube merecidamente aos portugueses, que na verdade viveram para o feito histórico. Eles respiraram unidos durante todo o torneio, lidando com críticas (in)justificadas a si mesmos após o primeiro, segundo e terceiro jogos, mesmo que não tenham perdido nenhum deles.
A sua abordagem colectiva foi especialmente notável durante a noite de ontem. Cristiano Ronaldo, que recuperou já nos primeiros minutos da partida, incentivou os companheiros mais alto do que a torcida e o técnico santista juntos. Ele já acertou Ronaldo com a joelhada na lateral do joelho aos 8 minutos Dimitri Payetpelo qual o juiz Marcos Clattenburg nem marcou falta… O português deitou-se e os adeptos da casa recompensaram-no com apitos altos pela alegada simulação. Logo ficou claro que o destaque do Euro 2016 seria truncado pela primeira estrela. Ronaldo não conseguiu continuar o jogo, apesar do jogo ter sido suspenso duas vezes, com os dentes cerrados e com o curativo no joelho esquerdo. Foi uma tragédia desportiva para Portugal, que depende mais do efeito Ronaldo do que os produtores portuários do bom tempo. Até os franceses sentiram que “algo estava errado” e aplaudiram de pé como uma trufa o choroso Ronaldo, que foi carregado para fora do campo numa maca. Logicamente, perceberam que seriam privados do melhor jogador de futebol que a Europa tem.
Houve um déjà vu no horizonte; A França já venceu no mesmo estádio na final da Copa do Mundo de 1998, depois que Ronaldo também falhou nas fileiras dos rivais, mas os “velhos” brasileiros… Os portugueses, porém, resistiram às investidas dos franceses, que teve uma ligeira iniciativa o tempo todo, mas ao mesmo tempo jogou com extremo abnegação e organização sempre que perdia a bola no ataque. Após o primeiro tempo, ambos os campos ficaram meio (in)satisfeitos. Os portugueses ficaram felizes por permanecerem no 0-0 inicial, mesmo que os franceses aparentemente tivessem “mais” do jogo. Ao mesmo tempo, sofreram uma grande derrota depois que o joelho de Ronaldo simplesmente não aguentou o esforço da partida final. Claro, aconteceu o contrário com os franceses.
O jogador desta parte do jogo foi o meio-campista do Newcastle Moussa Sissokomas ele perdeu a melhor oportunidade Antonio Griezmann depois de um belo passe de Payet. A continuação também trouxe um jogo semelhante, mas os portugueses também conquistaram boas oportunidades. Por incrível que pareça, um jogo com tantas chances (Griezmann, Giroud, Sissoko; Pepe, Nani) terminou sem gols, com Gignac e Guerreiro também acertando a trave. Até que Eder, jogador reserva, resolveu resolver o problema com as próprias mãos, causando lágrimas de felicidade entre muitos compatriotas nas arquibancadas e no banco. Entre estes últimos, Ronaldo foi visivelmente o mais feliz.
Final do Campeonato Europeu
Portugal – França 1:0 (0:0) * após prolongamento
(Éder 109.)
Portugal: Patricio, Cedric, Pepe, Fonte, Guerreiro, W. Carvalho, Mário, Adrien Silva (66. Moutinho), Renato Sanches (78./Eder), Ronaldo (25./Quaresma), Nani.
França: Lloris, Sagna, Koscielny, Umtiti, Evra, Matuidi, Pogba, Sissoko (110º/Marcial), Griezmann, Payet (58º/Coman), Giroud (78º/Gignac).
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