Uma nova crise paira sobre a Europa, cientistas alertam que um verão brutal está chegando

Nada de bom aguarda o sul da Europa neste verão. Tem que se preparar para uma terrível seca, escreve a Reuters, observando que algumas regiões já estão enfrentando escassez de água e que os agricultores estão enfrentando a pior colheita em décadas.

O sul da Europa é fortemente afetado pelas mudanças climáticas, como resultado das quais a região está se tornando mais quente e seca. Anos de secas repetidas esgotaram as reservas de água subterrânea. A terra na Espanha e no sul da França ficou seca como pimenta. O baixo nível de água dos rios e do abastecimento de água neste ano também ameaça a produção de energia nas usinas hidrelétricas.

À medida que as temperaturas sobem, os cientistas alertam que a Europa está a caminho de outro verão brutal. Recordamos que o verão passado foi o mais quente da Europa desde que se mede a temperatura, e a seca provocada pelo calor foi descrita pelos investigadores como a pior dos últimos 500 anos. Este ano, a situação é a pior até agora na Espanha.

“A seca será ainda pior este ano”, previu o pesquisador Jorge Olcina, de Alicante, na Espanha. A situação já está muito ruim para ser melhorada pelas chuvas. Durante esse período, podemos esperar apenas precipitação local, o que não melhorará significativamente o déficit de precipitação. Em abril, o ministro da Agricultura espanhol pediu ajuda à Comissão Europeia, porque as consequências da seca são tão grandes que eles não podem remediar sozinhos.

Impactos das mudanças climáticas

Claro, não só a Europa enfrenta as consequências do aquecimento global, há uma seca ainda pior este ano na África, e na Argentina eles viveram uma seca da qual não se lembram, que destruiu suas plantações de soja e milho.

No Mediterrâneo, a temperatura média é agora 1,5 grau superior à de 150 anos atrás. Os cientistas não estão surpresos, pois vêm apontando isso há anos. Observam, porém, que os governos dos países não estão preparados para o que está a acontecer, que as empresas e os agricultores não estão preparados para as adaptações climáticas, que deveriam adaptar a forma de cultivo dos alimentos ao menor consumo de água. Mesmo em Portugal, já enfrentam uma seca precoce em cerca de 90 por cento do território, e uma seca severa atinge um quinto do território – ou seja, uma área cinco vezes maior do que no ano passado.

Na Espanha, a escassez de água é tão grave que milhares já dependem da água fornecida por caminhões-tanque. As regiões próximas à Catalunha já introduziram restrições ao consumo de água. Os agricultores relatam um rendimento 80% menor. As piores consequências estão na produção de cereais e óleos.

Renata Saldanha

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