A cidade portuguesa de Braga, localizada no noroeste do país, possui uma história rica e é uma das cidades mais antigas de Portugal. Ele oferece muitas atrações históricas e culturais para visualização. A Rua de São Sebastiana é importante na história urbana de Braga. E bem nesta rua fica a prefeitura, estranhamente estreita e antiga, que foi reformada recentemente. Nele foram criados seis pequenos apartamentos típicos, dois deles, que ficam no último andar, também possuem mezanino.
O ponto de partida para a reforma da casa, que fica no escritório de um arquiteto português Tiago para Vale denominada Hospedaria de São Sebastião, foi uma síntese das circunstâncias históricas e das rápidas transformações por que passou esta rua. “Nas ruínas, onde apenas se conservou a fachada do rés-do-chão e do primeiro andar, reconhecemos um edifício de construção modesta e que apresenta as características de fundações de finais do século XVIII, de pequena metragem quadrada e envoltória . Dos vestígios preservados na fachada e na parede comum, pode-se ver um segundo andar posterior com uma fachada de parede fina de gesso e um volume mais ambicioso “, explica o escritório.
Durante a reabilitação, por um lado, exigiam-se o máximo e eficiente aproveitamento do espaço e, por outro, exigiam-se alterações mínimas devido à área tombada pelo monumento. Os arquitetos encontraram uma solução em um projeto sistematizado que se repete em cada andar com a ajuda de elementos padronizados que possuem múltiplas funções e com um design de mobiliário modular.
Uma pia de cerâmica tão grande serve simultaneamente ao banheiro, cozinha e, se necessário, lavanderia (embora máquinas de lavar e secar roupa compartilhadas estejam disponíveis no térreo). Esta pia faz parte do armário na entrada do apartamento individual, e também possui um grande espelho e espaço para sapatos, agasalhos e para guardar chaves, bolsas… Esta peça faz parte de um conjunto linear de móveis modulares que continua na cozinha, cama dobrável, armazenamento e guarda-roupa. No lado oposto da sala de estar, há um banheiro compacto.
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A casa tem clarabóia piramidal, típica da habitação urbana portuguesa.
Na fachada principal, restauraram os elementos preservados, enquanto nos pisos superiores deixaram uma memória da presença urbana do volume perdido, procurando ao mesmo tempo uma ligação com a rua atual, a sua escala, características arquitetónicas e as alturas dominantes dos edifícios.
Nas traseiras da casa foi erguida uma nova estrutura, que não foi preservada, e com ela procurou-se captar a tipologia do contexto urbano do edifício.
“O projeto é pensado para atender a necessidade de bom uso do espaço e ao mesmo tempo com todo o respeito pelos vestígios sobreviventes da construção existente, bem como a longa e complexa história de Ulica sv. Sebastiana”, disseram eles também no Gabinete de Arquitectos Tiago do Vale Arquitectos.
Participaram no projeto o arquiteto e fundador do atelier Tiago do Vale e os seguintes arquitetos: Maria João Araújo, Camille Martin, Priscilla Moreira, Florisa Novo Rodrigues, Teresa Vilar, Clementina Silva, Hugo Quintela e Adriana Gomes.