O número total de vítimas do incomum ciclone Freddy, que atingiu o sudeste da África pela segunda vez há pouco mais de uma semana, aumentou para 522, segundo agências citando autoridades. as chuvas afetaram 345.000 pessoas, várias dezenas de milhares de habitantes ficaram desabrigados e pelo menos 438 vidas foram perdidas.
“Muitas áreas estão inacessíveis, o que dificulta o movimento de trabalhadores humanitários e equipes de avaliação de danos, bem como necessidades essenciais à vida. As verdadeiras dimensões da devastação serão conhecidas após as inspeções”, afirmou. Al Jazeera enfatizou Paul Turnbulldiretor do Programa Mundial de Alimentos neste país da África Austral.
Presidente do Malauí Lázaro Chakwera devido à magnitude do cataclismo, declarou já na quinta-feira duas semanas de luto e apelou à comunidade internacional para que dê uma mão ao empobrecido país, uma vez que a capacidade do Malawi para fazer face à situação é limitada. “O que está acontecendo conosco pode acontecer com qualquer um, em qualquer lugar”, ele deixou claro.
Uma comissão especial examinará se Freddy é o ciclone tropical mais duradouro da história. FOTO: Esa Alexander/Reuters
Malawi já estava lidando com o pior surto de cólera da história antes mesmo do desastre climático. Desde o ano passado, segundo dados oficiais, 30.600 pessoas foram infectadas com esta doença infecciosa intestinal no país, e mais de 1.700 morreram. As autoridades agora temem que a situação da saúde possa piorar devido à destruição da infraestrutura. “As enchentes levaram os banheiros e a maioria das pessoas não tem acesso à água potável”, disse ele. Afp afirmou o Director dos Serviços de Saúde Cancelar Kabuluzi e alertou que existe um grande perigo de aumento do número de infectados.
Além do Malawi, o ciclone Freddy também devastou os vizinhos Moçambique e Madagascar. Segundo o presidente, é em uma ex-colônia portuguesa Filipe Nyusi cerca de 50.000 cidadãos deslocados, pelo menos 67 pessoas morreram, e em uma ilha no Oceano Índico, segundo os últimos dados, 17 pessoas morreram devido a inundações e deslizamentos de terra. Espera-se que as estatísticas negras no sudeste da África aumentem nos próximos dias, já que centenas de pessoas estão desaparecidas em Malawi.
Consequências do aquecimento global
O ciclone atingiu a terra pela primeira vez em 21 de fevereiro em Madagascar, de onde se mudou para Moçambique, antes de retornar àquela parte do continente negro em 11 de março com chuvas e ventos fortes que provocaram deslizamentos de terra e inundações mortais no Malawi. Freddy, que se dissipou nos últimos dias, pode ser o ciclone tropical mais antigo já registrado. Ali ultrapassou o John de 31 dias de 1994, anunciou uma comissão especial da Organização Meteorológica Mundial.
Além do Malawi, o ciclone Freddy também devastou o vizinho Moçambique. FOTO: Esa Alexander/Reuters
Ciclones, que trazem chuvas e fortes tempestades, não são incomuns na África do Sul durante esses meses. E ainda, devido ao aquecimento global, de que são responsáveis os países mais desenvolvidos, segundo a agência de notícias americana PA tornaram-se mais intensos, mais frequentes e mais úmidos.
“A destruição e o sofrimento que testemunhei no sul do Malawi são a face humana da crise climática global”, disse ela. Rebecca Adda-Dontoh, Coordenador Residente das Nações Unidas para o Malawi. “As pessoas que conheci – muitas das quais perderam suas casas e entes queridos – não fizeram nada para ajudar nesta crise.”
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