Jogador de futebol Mahini, que apoia os protestos no Irã, foi libertado sob fiança



Os protestos no Irã foram desencadeados pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos. Foto: EPA

O ex-jogador da seleção iraniana conseguiu deixar a prisão na quarta-feira depois de pagar uma fiança de 30.000 euros.n voltou para casa, relata o portal esportivo Varzesh3.

Mahini, 36, foi preso pelas autoridades na semana passada, informou a agência de notícias alemã DPA, por denunciar a morte de uma mulher de 22 anos sob custódia policial e apoiar os protestos em todo o país que se seguiram.

Os protestos foram motivados pela morte de uma mulher de 22 anos
Os protestos atuais, que até agora mataram 92 pessoas, foram desencadeados pela morte de um jovem de 22 anos. Mahse Amini. Ela foi presa pela polícia moral e religiosa em meados de setembro por causa de seu “vestido anti-islâmico”, porque não usava o hijab, obrigatório pelo rígido código de vestimenta islâmico do país. Exatamente o que aconteceu com Amini após sua prisão não está claro, mas ela entrou em coma e depois morreu no hospital. Os críticos do regime acusam a polícia moral de violência, mas a polícia nega veementemente essas acusações. A prisão de Mahini também atraiu apoio no Irã, gerando manifestações em todo o país em solidariedade ao ex-capitão do Persepolis Teerã, 14 vezes campeão.

Associação de Futebol em apoio a Mahini
A seleção iraniana de futebol também se solidarizou com Mahini. “Quem cuida de seus compatriotas não é um criminoso, mas uma pessoa honrada… Solte Mahini,” anunciado pela seleção nacional. O Persépolis também se recusou a jogar uma partida da liga no fim de semana em protesto contra a prisão de Mahini, mas foi forçado a fazê-lo. Também ex-jogador de futebol da Bundesliga alemã, Ali Karimi (Bayern de Munique, Schalke 04) e Mehdi Mahdavikia (HSV, Eintracht), apoiou os protestos contra o regime.

Estela Costa

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