A Espanha já foi atingida pela segunda onda de calor do verão. A agência meteorológica estadual Aemet espera que hoje seja o dia mais quente desta atual onda de calor no país. A maior parte da Espanha estava em alerta máximo na quarta-feira, e Aemet disse que algumas regiões estavam “sufocando”, particularmente Andaluzia no sul, Extremadura no sudoeste e Galícia no noroeste do país.
Na cidade andaluza de Almonte, o mercúrio subiu para 45,6 graus Celsius na quarta-feira. Várias outras cidades do sul, como Sevilha e Córdoba, registraram temperaturas acima de 44 graus Celsius. O Ministério da Saúde recomendou, portanto, que as pessoas bebam bastante líquido, usem roupas leves e fiquem à sombra ou perto de aparelhos de ar condicionado.
No oeste da Espanha, ao longo da fronteira com Portugal, os incêndios florestais já destruíram pelo menos 3.500 hectares de terra. O governo alertou que, nos primeiros seis meses do ano, os incêndios afetaram mais de 70.300 hectares de florestas espanholas, quase o dobro da média dos últimos 10 anos. No final da semana, as temperaturas devem cair um pouco na Espanha, e uma onda de calor atingirá a França e a Grã-Bretanha.
Temperaturas recordes também na ilha
Londres já emitiu um alarme devido às altas temperaturas, e também existe a possibilidade de que a temperatura recorde da ilha de 38,7 graus Celsius, registrada em 25 de julho de 2019 em Cambridge, seja ultrapassada. Os serviços meteorológicos na França também alertaram para condições climáticas desafiadoras. As temperaturas podem ultrapassar 40 graus Celsius lá também.
Dois incêndios florestais no sudoeste da França destruíram 3.700 hectares de florestas de pinheiros desde terça-feira, forçando a evacuação de milhares de campistas. Também no interior do país, 500 pessoas foram evacuadas em redor da aldeia de Guillos, pois as suas casas estavam ameaçadas pelo fogo em progressão.
Em Portugal, que está há vários dias em alerta máximo devido a incêndios, uma pessoa morreu num incêndio florestal. Cerca de 60 pessoas ficaram feridas, mais de 700 foram evacuadas e cerca de 30 casas foram destruídas ou danificadas. Mais de 2.000 bombeiros combateram quatro grandes incêndios em Portugal esta manhã.
Os cientistas alertam que as ondas de calor são o resultado das mudanças climáticas e, portanto, se tornarão mais frequentes.