O vencedor das eleições presidenciais de domingo em Portugal, o conservador Marcelo Rebelo de Sousa, pretende unificar o país politicamente em apuros, que está lentamente a recuperar de uma crise económica. “Não há vencedores nem perdedores nestas eleições, porque serei o presidente de todo o povo português”, disse domingo à noite em Lisboa, depois de receber 52 por cento dos votos na primeira volta das eleições.
LISBOA
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“Quero unir a nação para que o nosso país possa emergir de uma profunda crise económica e social”, ele enfatizou Rebelo de Sousa em um discurso à nação. Disse que Portugal, que saiu de uma grave crise, não pode permitir-se a hostilidade.
Segundo ele, a agitação social e a radicalização só podem ser evitadas em Portugal através do crescimento e da luta contra a pobreza. É por isso que apelou à reconciliação entre a justiça social, o crescimento económico e a estabilidade financeira, noticia a agência noticiosa alemã dpa.
Depois de quase todos os votos apurados, Rebelo de Sousa, do Partido Social Democrata (PSD), obteve no domingo 52 por cento dos votos, o seu perseguidor mais próximo, o candidato independente da esquerda A.António Sampaio da Nova e 22,9 por cento. Dez candidatos concorreram ao cargo presidencial.
Entre os primeiros a felicitar o professor de direito e ex-comentarista político de televisão, de 67 anos, estava seu colega de partido e ex-primeiro-ministro. Pedro Passos Coelhoque estimou que ele venceu no primeiro turno “dá autoridade política indiscutível”.
Sucessor Aníbal Cavaca da Silva terá que cooperar com o relativamente novo governo de esquerda do primeiro-ministro após tomar posse em 9 de março António Costa. Antes mesmo das eleições, ele anunciou que apoiaria o governo.
Em Portugal, o presidente, cujo mandato dura cinco anos, não tem poderes executivos, mas pode vetar decisões do governo, dissolver o parlamento ou atuar como mediador entre os partidos em tempos de crise.
STA