O Presidente português nomeou Luís Montenegro como o novo Primeiro-Ministro de Portugal. Os resultados oficiais das eleições ainda não são conhecidos. Extraoficialmente, porém, os conservadores receberam cerca de um terço dos votos nas eleições.
Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa pouco depois da meia-noite nomeou um político conservador como o novo primeiro-ministro Luísa Montenegro, embora os resultados finais das eleições parlamentares antecipadas, realizadas em 10 de março, ainda não tenham sido publicados no diário oficial. Montenegro já anunciou que o novo governo tomará posse dentro de duas semanas.
A nomeação de um representante só estava prevista para sexta-feira, altura em que se espera que os resultados finais das eleições sejam publicados no diário oficial, mas o presidente decidiu acelerar o processo, escreve a agência noticiosa espanhola EFE.
Montenegro considerou que esta nomeação era importante para o presidente, “embora já fosse tarde”. O relativo vencedor das eleições planeia visitar hoje Bruxelas, onde se reunirá com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e outros colegas do Partido Popular Europeu (PPE). “Por isso era inviável para mim estar aqui de manhã e participar nestas reuniões ao mesmo tempo”, explicou ainda.
Após a nomeação, Montenegro anunciou que o seu governo tomará posse no dia 2 de abril.
Montenegro já rejeitou a possibilidade de cooperação com a extrema direita
A coligação eleitoral de centro-direita, Aliança Democrática (AD), liderada pelos Sociais Democratas do Montenegro (PSD), obteve o maior número de votos nas eleições, derrotando por pouco os socialistas no poder que estão no poder há oito anos. Apesar da vitória, o AD não conseguiu conquistar a maioria. Depois de quase todos os votos estrangeiros terem sido contados, os conservadores conquistaram assim cerca de um terço do total de 230 assentos no parlamento, noticia a agência de notícias alemã dpa.
Os votos do exterior determinam quatro cadeiras. De acordo com os resultados, a AD conquistou 80 assentos, o Partido Socialista (PS), de centro-esquerda, 78, e o Dovoliz (Chega), de extrema-direita, 50, escreve a EFE.
Apesar da nomeação, Montenegro ainda tem de apresentar o programa de governo ao parlamento e obter a maioria necessária de votos para o mesmo. Formar uma coligação parece ser um desafio, uma vez que não é possível uma grande coligação entre socialistas e conservadores no país e, ao mesmo tempo, o Montenegro já rejeitou a possibilidade de cooperação com o Chega. No entanto, o AD poderia contar com o apoio do partido liberal mais pequeno (IL), mas ainda assim não teria maioria no parlamento.
Se o Montenegro não obtiver uma maioria suficiente de votos até 2 de abril, poderão ocorrer novas eleições antecipadas, explica a DPA.
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