Orli à natureza, mas não ao jogo do Benfica!

As organizações de protecção dos animais em Portugal apelaram ao clube de futebol Benfica para que abandone a exibição de uma águia que voa sobre as bancadas do estádio e pousa no brasão do clube a meio do campo antes de cada jogo. Como salientaram, as águias pertencem à natureza e não aos estádios de futebol.

Um partido político que defende a protecção da natureza e dos animais e uma organização não governamental para a protecção dos animais exigiram a abolição deste costume pelo clube, noticia a agência noticiosa croata Hina. “Os animais selvagens não têm lugar nos esportes, mas sim na natureza, onde deveriam viver livremente”, disse ela. Inês Sousa Real, deputado do partido parlamentar português Povo, Animais, Natureza (PAN).

Há anos que a águia faz parte do espetáculo do estádio da Luz, em Lisboa, que tem capacidade para 66.500 espectadores. Um dos funcionários do clube entra no elevador com uma águia treinada na mão e depois solta a águia antes do apito do árbitro. O público acredita que o Benfica vencerá a partida se a águia fizer dois voos sobre as bancadas.

O deputado propôs que o clube, que tem uma águia no brasão, substitua o animal vivo por um mascote de pelúcia. Antes do início do campeonato português, a organização não governamental de protecção dos animais, Peta, exigia a abolição da tradição do voo da águia.

“As águias são animais solitários que não deveriam estar no ambiente estressante e barulhento de um estádio”, escreveu a organização de bem-estar animal em carta enviada ao clube. “Esses lindos animais voam por vastas extensões e passam a maior parte do tempo em árvores e caçam livremente em grandes áreas. Esse ambiente lhes causa estresse extremo”, acrescentou Peta.

O Benfica terminou em 3º lugar na tabela classificativa da época passada. Este ano, porém, começou com uma vitória por 4-0 sobre o Arouca na jornada inaugural do campeonato.

Egídio Pascoal

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