O seleccionador principal da selecção nacional masculina de andebol da Eslovénia, Uroš Zorman, assumiu a responsabilidade após a derrota frente à Suécia, aliviando assim os seus protegidos em público. Antes do jogo da segunda jornada da parte principal da competição frente a Portugal (sexta-feira, 15h30), está convencido de que a Eslovénia tem capacidade para vencer, mas ao mesmo tempo terá muito trabalho pela frente.
“Eles têm um estilo de jogo semelhante ao dos escandinavos. São rápidos, apostam no um-a-um com muitas 'fintas', são bons atiradores e expressivos. Têm uma defesa mais profunda e agressiva que até transita para um 3 a 3. Ontem tivemos uma pequena queda, mas tivemos uma defesa sólida, só que no ataque erramos um pouco demais.” Zorman anunciou a previsão da partida e olhou para a anterior.
Embora veja os portugueses como uma equipa de topo, o nome em si não causa tantos olhares, afirma o ex-organizador do jogo, de 44 anos.
“Portugal é mais colorido para nós do que o próprio nome. Todos sabemos que os suecos são campeões europeus, isso afecta-nos. Portugal é uma equipa de topo, mas o nome não é 'uau'. Também somos melhores nos jogos uns dos outros, e isso é por isso que é um pouco mais fácil.”
Os portugueses venceram a Noruega na primeira jornada da segunda parte por 37:32 e, tal como os eslovenos, somam dois pontos cada. A Dinamarca e a Suécia têm quatro, a Noruega e os Países Baixos não têm nenhum.
Quando os portugueses se espalham pelo campo é difícil apanhá-los, salienta Zorman. “Eles jogam no seu próprio estilo, também foram excelentes contra a Noruega, a certa altura fizeram um resultado parcial de 6-0. É difícil recuperar dessa forma. A receita é a mesma, ou seja, tentamos lidar com a defesa mais recuada da maneira que temos. Mas precisamos de um pouco mais de energia para esse tipo de defesa, da qual já estamos ficando um pouco sem.” avisa o seletor.
Se os jogadores da zona mista na quarta-feira apontaram em uníssono que faltou energia real e que os suecos foram melhores, Zorman assumiu a responsabilidade sobre os seus ombros.
“Eu disse a eles que tudo dependia de mim e que deveriam relaxar. Um dia ruim não cria drama. Não podemos mudar nada em retrospecto, mas podemos mudar muito no futuro.”
Com isso, ele quis proteger um pouco seus protegidos, mas ele mesmo assumiu a responsabilidade, como já havia feito durante sua carreira de ator.
“É lógico. Eu mesmo sou responsável por tudo, pela seleção dos jogadores, pela escalação, quem começa, quem joga, quando você muda, quando você faz uma pausa, quais táticas você joga. Nunca me esquivei de isso, nem como jogador, muito menos como treinador. Sempre digo que o que é ruim é culpa minha e o que é bom é mérito dos jogadores”. diz Zorman.
Não se incomoda com possíveis comentários da Eslovénia, nem pensa que isso o inflama ainda mais.
“De qualquer forma, somos sempre descartados, não importa o que façamos. Para ser honesto, é claro que conversamos uns com os outros para ‘pelo menos vamos provar coisas para o futuro’. Não entendo que não estamos lá. Não temos uma base numérica de jogadores para trocar jogadores, parafuso por parafuso. Trocamos mais o parafuso pela porca e tem que se encaixar bem”, Zorman explicou vividamente.
“Esses seis jogadores que ficaram em casa foram permanentes na seleção nacional durante a última campanha, mas agora é preciso adicionar seis novos que não estavam lá antes. É difícil, mas não é desculpa. Sabemos o que estamos fazendo, o que já fizemos antes. De qualquer forma, essas são coisas importantes para nós.” enfatiza Zorman.
No final da conversa com os meios de comunicação eslovenos em Hamburgo, afirmou que por enquanto não recorrerá a novas forças da Eslovénia.
“Ainda temos alguns jogadores aqui, então vamos tentar rodar alguma coisa. Ainda não decidi, ainda temos treino pela frente e veremos como vai ser. Temos que dar o nosso melhor amanhã, e mentalmente regenere-se hoje. Tudo bem, um pouco cedo, senão o jogo é rápido. Muito melhor do que o da noite, porque você não gasta tanta energia durante o dia.
Fonte: STA
Foto: Sportida.com