Quais países oferecem visto para nômades digitais?

Os países da Europa estão cientes dos benefícios, principalmente o dinheiro, que os nômades digitais podem trazer para as cidades e aldeias pouco povoadas, por isso estão criando maneiras de facilitar seu assentamento. Uma maneira é o visto de nômade digital, que foi introduzido por muitos países europeus nos últimos anos.

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O que é um Visto de Nômade Digital?

Um ‘visto de nômade digital’ é um termo bastante vago, mas geralmente se refere a uma autorização de residência temporária que permite que estrangeiros permaneçam em um país entre seis meses e dois anos.

No entanto, nem todos os vistos de nômade digital são criados iguais. Na Islândia, por exemplo, os requerentes de visto têm de provar que ganham pelo menos 7.100 euros por mês, e em Portugal devem permanecer no país pelo menos 16 meses nos primeiros dois anos após a concessão do visto, segundo o Sifted.

Quais países da Europa oferecem visto para nômades digitais?

Croácia

A Croácia introduziu seu visto de nômade digital em janeiro de 2021. Ele permite aos candidatos aprovados uma estadia de um ano, que pode ser estendida.

Os candidatos devem apresentar comprovante de seguro de saúde e viagem e residência na Croácia, e o país de origem também deve emitir um certificado de antecedentes. Os candidatos também devem provar que ganham pelo menos 2.370 euros por mês, mas a Croácia não os taxará.

República Checa

O visto de nômade digital tcheco, ao contrário dos outros, é uma autorização de residência de longa duração que permite que nômades que não são cidadãos da UE trabalhem de forma independente como empreendedores autônomos no país por até 365 dias. Os nômades que desejam trabalhar na República Tcheca devem solicitar um visto ‘Zivno’ pessoalmente na embaixada da República Tcheca em seu país de origem.

República Checa.  Foto: Shutterstock

República Checa. Foto: Shutterstock

O processo para obtenção deste visto pode ser um pouco complicado – pode levar de 90 a 120 dias, e o solicitante deve pagar uma taxa de 40 euros.

Estônia

A Estônia introduziu um visto de nômade digital em agosto de 2020, e o novo esquema permite aos candidatos aprovados uma estadia de um ano.

Os candidatos devem comprovar uma renda mensal de 3.500 euros por mês, e devem ser autônomos ou trabalhar para uma empresa estrangeira. Os nômades digitais não pagam impostos durante os primeiros 183 dias consecutivos no país, após o que são considerados residentes fiscais da Estônia.

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Geórgia

O visto georgiano para nômades digitais ‘Remotely from Georgia’ permite que trabalhadores remotos que ganham pelo menos 24.000 euros por ano permaneçam no país por até um ano. Durante esse período, os nômades são registrados como residentes da Geórgia e podem solicitar assistência médica local, escreve Sifted.

Além da bela paisagem, onde os nômades podem encontrar muitas atividades ao ar livre nas montanhas do Cáucaso e ao longo da costa do Mar Negro, a Geórgia é um dos destinos nômades mais baratos da Europa. O processo de solicitação de visto de nômade digital também é relativamente fácil: você pode enviar uma solicitação online em apenas 10 minutos e receber seu visto em 10 dias.

Grécia

A Grécia lançou o visto de nômade digital em setembro de 2021, permitindo que as pessoas permaneçam no país por 12 meses, após o que podem prorrogá-lo. Os nômades digitais devem provar que estarão empregados durante a estadia, apresentando um contrato de trabalho e comprovante de endereço grego.

Santorini.  Foto: Pixabay

Santorini. Foto: Pixabay

O rendimento mínimo mensal é de 3.500 euros, e a taxa de candidatura é de 75 euros. Durante os primeiros seis meses no país, os nômades não pagam impostos e, nesse período, não podem usar os serviços públicos de saúde e educação.

Islândia

O visto de nômade digital da Islândia é talvez o menos atraente de todos os vistos, pois exige uma renda mensal superior a € 7.100. Além disso, 83 euros devem ser pagos pela inscrição. Os candidatos aprovados poderão permanecer no país por até seis meses e não pagarão impostos locais.

Letônia

O visto de nômade digital da Letônia é válido por um ano, com a opção de prorrogá-lo por mais um ano. Após o período de dois anos, os nômades não podem solicitar um novo visto de nômade digital por seis meses – devem solicitar outro visto ou autorização de residência, ou deixar o país por completo.

Se forem autônomos, devem ganhar um salário mensal de pelo menos 2,5 vezes o salário bruto médio mensal na Letônia, que atualmente é de 3.192 euros, para obter o visto. Eles também devem obter prova da administração tributária de um estado membro da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico confirmando a renda que obtiveram nos últimos seis meses.

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Malta

O Mar Mediterrâneo, sol, areia e um processo de visto relativamente fácil fazem de Malta um bom lugar para nômades. Os interessados ​​devem preencher e assinar um formulário indicando o tempo que pretendem permanecer no país, redigir uma carta de intenção explicando os motivos do pedido de autorização de residência nómada e apresentar os documentos habituais: passaporte, comprovativo de rendimentos, etc.

A licença é emitida por um ano e é renovável, e a aprovação geralmente leva até 30 dias. Os requerentes que pretendem permanecer por menos de um ano receberão um visto nacional para a duração de sua estada.

Noruega

A Noruega não tem um visto específico para nômades digitais, mas os nômades autônomos (com empresa no exterior) podem solicitar um visto de contratante independente, que permite ficar na Noruega por até dois anos – se ganharem pelo menos 35.718 euros por ano.

Para este tipo de visto, os requerentes devem preencher um requerimento e pagar uma taxa de 600 euros. Eles podem fazer isso pessoalmente em uma delegacia de polícia na Noruega ou por meio da embaixada norueguesa em seu país de origem.

Os nômades digitais com visto de autônomo precisarão pagar impostos locais e solicitar um número de IVA durante sua estadia na Noruega.

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Portugal

Uma das autorizações de residência válidas mais longas para os nómadas digitais é o visto português, desde que foi introduzido em 2007. Os requerentes devem auferir 9.870 euros por ano, e ter número de contribuinte e conta bancária portuguesa. Uma das restrições é que o requerente deve permanecer no país por pelo menos 16 meses nos dois primeiros anos de permanência.

Victória Ramos

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