Portugal em crise política após renúncia do primeiro-ministro António Costa – POLITICO

Mas poucos membros actuais do Partido Socialista são vistos como estando à altura da tarefa no meio de uma investigação de corrupção de grande alcance que já levou à detenção de figuras como o Chefe da Casa Civil do primeiro-ministro, Vítor Escária, e à acusação do Ministro da Infraestrutura João Galamba.

Isto torna mais provável que Rebelo de Sousa, de 74 anos, um professor de direito que ajudou a redigir a Constituição de Portugal, dissolva o parlamento e convoque novas eleições – uma medida que poderá levar a mais caos.

Embora o Partido Socialista de Costa tenha caído mais de 10 pontos desde a última eleição realizada em 2022, ainda lidera por pouco nas sondagens e poderá obter o maior número de assentos caso se realize outra votação. Não está claro que efeito teria no país se uma parte envolvida numa grande investigação de corrupção permanecesse no poder.

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O principal rival dos socialistas no centro-direita é o Partido Social Democrata, que governou Portugal após o colapso económico após a crise da dívida europeia de 2011. O partido tem lutado para se libertar da sua associação com políticas de austeridade e o seu actual líder, o advogado Luís Montenegro, não conseguiu ganhar força junto do público em geral.

Num discurso proferido na noite de terça-feira, Montenegro disse que o governo tinha caído “por dentro” e que a única opção era realizar novas eleições porque a “legitimidade do Partido Socialista entrou em colapso”.

O líder social-democrata insistiu que o seu partido estava pronto para conquistar a maioria da opinião pública portuguesa, mas as sondagens sugerem que o caminho mais provável dos social-democratas para o poder exigiria a formação de um governo de coligação com o grupo de extrema-direita Chega, que tem vindo a crescer constantemente. e ficou em terceiro lugar na última eleição.

Montenegro disse à imprensa que nunca formaria governo com o Chega, mas resta saber se isso será suficiente para convencer os eleitores moderados.

Estela Costa

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