Apesar da crise climática, os membros da UE estão reduzindo o número de bombeiros empregados

O número de bombeiros empregados na UE está diminuindo, embora enfrentemos muitos desastres naturais devido às mudanças climáticas. A julgar pelos dados publicados esta semana pelo instituto europeu de estatísticas Eurostat, quase 360.000 bombeiros estavam empregados na UE no ano passado, cerca de 2.800 a menos do que em 2021. Na Eslovênia, porém, o número de bombeiros cresceu.

De acordo com dados do Eurostat, dez países reduziram o número de empregos nos bombeiros entre 2021 e 2022. A maior queda no número de bombeiros ocorreu na França, Romênia, Portugal, Eslováquia, Bulgária e Bélgica. Em França, por exemplo, o número de bombeiros diminuiu 5.400, enquanto a Roménia e Portugal cortaram 4.250 e 2.907 postos de trabalho de bombeiros.

Em alguns outros Estados-Membros, o número de bombeiros aumentou ligeiramente. Entre 2021 e 2022, a Espanha empregou 617 bombeiros adicionais e a Itália 546. O número de bombeiros empregados também aumentou na Eslovênia, de 1.352 para 1.499.

No total, quase 360.000 bombeiros foram empregados na UE no ano passado, cerca de 2.800 a menos do que em 2021. “Reduzir o número de bombeiros em meio à crise climática é uma receita para o desastre”, disse o secretário-geral da União Europeia Confederação Sindical (CES) na terça-feira. Esther Lynch e alertou que o risco de incêndios agora é significativamente maior devido às mudanças climáticas.

Reabilitação após as inundações em Medvode FOTO: Voranc Vogel/Delo

“É por isso que precisamos fornecer aos nossos corpos de bombeiros a equipe e os recursos de que precisam para fazer o trabalho de salvar vidas”, acrescentou ela. Diante disso, ela pediu aos países que aumentem o investimento em serviços de bombeiros.

Bruxelas pressiona há algum tempo para fortalecer o papel da UE na resposta a desastres, construindo uma frota permanente de aviões de combate a incêndios que podem ser enviados a países vulneráveis. No entanto, os especialistas apontam também para a necessidade de medidas preventivas, como a gestão florestal ativa, para melhor prevenir e conter os incêndios florestais.

Renata Saldanha

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