Depois de quase cem anos, um documentário perdido foi encontrado novamente



DK/STA



10.10.2023, 29.06.

Atualizado: 10/10/2023, 06:41

Um documentário de 1918, considerado um clássico do cinema e o Santo Graal do cinema mudo brasileiro, foi redescoberto em um arquivo tcheco no início do ano, depois de quase cem anos desaparecido.

Sua identidade foi confirmada por especialistas da Itália e do Brasil, informa o site britânico The Guardian.

“Isso é realmente um milagre. Não tínhamos a menor esperança de que este filme aparecesse novamente,” disse o especialista em cinema brasileiro Sávio Stokoque confirmou a descoberta.

O filme foi rodado durante três anos

Amazonas, Maior Rio do Mundo foi realizado pelo diretor brasileiro luso-brasileiro Silvino Santos, considerado um dos principais cineastas brasileiros do início do século XX. Entrou para a memória histórica principalmente com seu documentário No Pais das Amazonas, de 1922. O filme Amazonas, o maior rio do mundo, de 1918, é considerado uma joia rara do cinema brasileiro por sua extensão, temática e qualidade de composição.

O filme foi rodado durante três anos na Amazônia peruana e brasileira, mas desapareceu logo após ser rodado e antes de ser exibido no Brasil, levando à falência a produtora sediada na cidade brasileira de Manaus. O negativo foi roubado por um sócio de Santos, Propriedade de Melo Saraiva, que negociou as vendas internacionais do documentário. Em seguida, circulou na Europa por vários anos. Depois de 1931, todos os vestígios dele foram perdidos.

Mas uma cópia do filme sobreviveu no Arquivo de Cinema de Praga, onde foi erroneamente catalogado como uma produção americana, supostamente feita por volta de 1925. No início do ano, um curador suspeitou de seu rótulo e enviou uma cópia do filme. o filme a um especialista em cinema mudo, o diretor do festival de cinema mudo da cidade italiana de Pordenone a Jay Weissberg.

Hoje, o filme será exibido no referido festival. Eles também planejam exibir o filme posteriormente na República Tcheca e no Brasil.

Renata Saldanha

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