Eleições na Guatemala: desconfiança na política e baixo comparecimento

As eleições foram caracterizadas por uma baixa participação de 57% e falta de confiança dos cidadãos na política. (Foto: AP)

A Comissão Eleitoral da Guatemala anunciou hoje que, após apuração de quase 90% dos votos, os resultados são praticamente definitivos e os dois principais candidatos nas eleições presidenciais terão que disputar o segundo turno, informa a agência de notícias francesa AFP.

A candidata de centro-esquerda Sandra Torres, que recebeu 15,12% dos votos, está ligeiramente à frente do ex-vice-chanceler e diplomata Bernardo Areval, com 12,20% dos votos. O segundo turno das eleições presidenciais será realizado neste país centro-americano em 20 de agosto.

A eleição de domingo na Guatemala, na qual mais de 20 candidatos concorreram ao cargo de presidente do país, foi marcada por baixo comparecimento e um grande número de votos em branco. Cerca de 57 por cento dos 9,4 milhões de eleitores elegíveis votaram nas eleições presidenciais e cerca de sete por cento das cédulas estavam vazias.

A eleição também foi marcada pela exclusão supostamente injustificada de alguns candidatos depois que o Supremo Tribunal anulou as candidaturas de dois candidatos populares, além de acusações de supressão da mídia e compra de votos, informou a AFP.

Além do presidente, os eleitores guatemaltecos também elegeram 160 membros do Congresso, 340 prefeitos e 20 delegados ao Parlamento Centro-Americano. Muitos deles perderam a fé na política e duvidam que as eleições trarão mudanças significativas e resolverão os problemas de pobreza, crime e corrupção enfrentados pela Guatemala.


Brás Monteiro

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