No Catar, eles se recusaram a estabelecer um fundo de compensação para trabalhadores migrantes



No Catar, com exceção de um, todos os estádios que receberão a Copa do Mundo deste ano foram reconstruídos. Foto: EPA

Esse apelo por uma campanha redobrada de reparações liderada pela Fifa é um golpe publicitário. Nossa porta está aberta. Já lidamos e resolvemos muitos casos… toda morte é trágica. Mas a proposta é irrealizável. Não temos critérios para estabelecer e administrar esse fundo.

Ali bin Samik Al Mari, Ministro do Trabalho do Catar

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A Anistia Internacional e a Human Rights Watch tentaram garantir o fundo, informa a AFP. As referidas organizações lideraram a reivindicação de que os organizadores da Copa do Catar e a Federação Internacional de Futebol (FIFA) arrecadassem 440 milhões de dólares americanos em um fundo especial, que também é o fundo de prêmios da competição.

“Esta chamada para uma campanha de dupla compensação liderada pela Fifa é um golpe publicitário. Nossas portas estão abertas. Nós lidamos e resolvemos muitos casos… toda morte é trágica. Mas a proposta é impraticável. Não temos critérios para definir criar e administrar este fundo”, disse Al Mari em entrevista exclusiva à agência de notícias francesa AFP.

Nos últimos anos, desde que o SP foi concedido em dezembro de 2010, muitos meios de comunicação relataram vários milhares de trabalhadores mortos no Catar. Em suas respostas, o emirado criticou esses relatórios, dizendo que as mortes não foram apresentadas corretamente. Ao fazê-lo, afirmou que haviam realizado muitas reformas que deveriam melhorar a situação dos trabalhadores migrantes. Essas reformas são criticadas por organizações de direitos humanos, e alguns sindicatos também aderiram a elas.

Estela Costa

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