Francisco Ferreira luta em Portugal para lidar com mais sensatez com as já escassas fontes de água potável, que se desperdiçam tanto na agricultura como no turismo.
Como muitos países, o país mais ocidental da Europa também enfrenta problemas crescentes devido às repetidas secas e rebaixamento do nível das águas subterrâneas, e o professor diz que o país também é culpado por muitas coisas, pois não limitou os maiores consumidores até agora. Além do fato de que até 30% da água potável se perde no sistema de abastecimento de água, que não foi atualizado, 80% das reservas de água do país são usadas na agricultura, até 8% da preciosa água potável é consumida pelos campos de golfe. Na zona litoral sul algarvia já começam a vigorar as primeiras medidas de austeridade, oficialmente 89 por cento do território do país é considerado assolado pela falta de água potável e 40 por cento vive uma seca extrema. Ferreira está convencido de que em Portugal devemos dizer adeus às grandes monoculturas, como as enormes plantações de abacate, baga, sobreiro, que ainda são apoiadas pelo governo, e ao mesmo tempo devemos usar água tratada municipal para a manutenção dos campos de golfe. Ao mesmo tempo, o professor salienta que, sobretudo na região do Algarve, o problema é também o turismo de massas, que ainda não penetrou na consciência de que é preciso poupar água potável a todo o momento, não só quando as autoridades o obrigam para fazer isso.
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