Sampaia, que tinha problemas cardíacos, foi internado no final de agosto. Faleceu hoje na sua casa em Lisboa. “Jorge Sampaio nos deixou hoje. Ele nos deixou não apenas um legado de liberdade, mas também de igualdade”, anunciou o actual presidente português Marcelo Rebelo de Sousa.

“Prestamos homenagem à memória de um homem que sempre foi um exemplo”, disse o primeiro-ministro português Antonio Costa. O governo decretou luto de três dias pela morte do ex-presidente, que começará no sábado.

O esloveno expressou ainda as suas condolências ao colega português Marcelo Rebelo de Sous o presidente Borut Pahor. Ao mesmo tempo, escreveu no Twitter que Sampaio foi um grande estadista que contribuiu significativamente para a promoção do diálogo, da solidariedade e da liberdade com suas ações. Segundo Pahor, Sampaio será lembrado na Eslovênia como um amigo sincero que já contribuiu para as relações amistosas entre Eslovênia e Portugal na década de 1990.

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Sampaio entrou para a política em 1962 enquanto estudava Direito, quando organizou greves estudantis contra a ditadura de Antonio Salazar. Em 1978, quatro anos após a queda da ditadura, ingressou no Partido Socialista. Em 1989, assumiu a direção do partido e foi eleito prefeito de Lisboa.

Ele venceu as eleições presidenciais pela primeira vez em 1996 e permaneceu no cargo por dois mandatos até 2006. Mais tarde, ocupou vários cargos na ONU, incluindo o de enviado especial para combater a tuberculose.