Com alunos sobre os desafios do mundo digital do trabalho

Numerosos estudos e relatórios apontam que as tecnologias digitais só são seguras e produtivas se forem projetadas, implementadas, gerenciadas e usadas com uma abordagem centrada no ser humano em mente. Isso significa que as tecnologias digitais, especialmente a inteligência artificial, apóiam, mas não substituem, o controle e as decisões humanas, ou a informação e participação dos trabalhadores e sua consulta. Este último também foi destacado pelo ministro Luka Mesec, que enfatizou no vídeo abordando que na discussão sobre inteligência artificial precisamos conversar,”como apenas ele se tornará nossa ferramenta e não o contrário.’‘ Como ele disse, cada coisa nova pode ser muito ameaçadora, como um problema, mas podemos encarar tudo como um desafio” e usar tecnologias modernas a nosso favor.

da pesquisa Pulso OSH, realizado no ano passado pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, mostra que 89% dos trabalhadores da UE usam pelo menos um dispositivo digital. A maior participação é registrada pela Suécia com 97 por cento, enquanto a Eslovênia está em algum lugar no meio com 90 por cento. Até 73% dos trabalhadores na União Europeia usam laptops, tablets e smartphones no trabalho, 11% usam dispositivos vestíveis, 5% trabalham com máquinas ou robôs que operam com base em inteligência artificial e 3% trabalham com robôs que se comunicam com o trabalhador.

As tecnologias digitais não apenas mudam a forma como trabalhamos, mas também afetam onde e quando trabalhamos. A robótica e a inteligência artificial apoiam e substituem os trabalhadores que realizam trabalhos em ambientes perigosos. Dados em massa permitem sistemas de monitoramento de segurança e saúde ocupacional mais eficazes. O trabalho remoto e o trabalho híbrido passaram a fazer parte do dia a dia, pois oferecem aos colaboradores maior independência e facilitam a coordenação da vida profissional e privada. Apesar dos benefícios, o impacto da automação, digitalização e robotização na segurança e saúde no trabalho ainda é amplamente desconhecido. Os potenciais desafios e riscos devem ser mais bem estudados e a legislação ajustada de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores no ambiente de trabalho moderno. Igualmente importante é o esforço para aumentar a literacia digital dos trabalhadores e empregadores, o que lhes permitirá um melhor conhecimento dos sistemas digitais e dos riscos e oportunidades que eles trazem.

Novos conhecimentos e habilidades representam um dos maiores desafios da transição digital e verde. Os investimentos nessa área serão cruciais. A aprendizagem ao longo da vida deve tornar-se parte das nossas vidas.

O seminário, que em anos anteriores se destinava apenas a alunos da Universidade de Maribor, contou também este ano com alunos da Universidade Europeia de Chipre, do Politécnico Português de Coimbra, da Universidade Letã de Riga Stradins e da Universidade da Macedónia do Norte de São Cirilo e Metódio. Além de conscientizar os jovens sobre segurança e saúde no trabalho, o seminário também teve como objetivo conectá-los. Os alunos e orientadores vão continuar o seu trabalho de investigação nesta área e no próximo ano irão novamente apresentar os resultados do seu trabalho ao público em geral.

Lourenço Miranda

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